domingo, 27 de setembro de 2015

Fotojornalista ensina fotografia gratuitamente em Prudente

Professor Marcio em ação
(Foto: Juliano Borges)
Quais as melhores máquinas? Como aproveitar ao máximo o potencial de um equipamento? Qual o tempo de exposição necessário? E qual a abertura do diafragma? Como conseguir o melhor enquadramento? Essas são apenas algumas das questões abordadas e respondidas no curso: "Fotografia e Arte", ministrado pelo fotógrafo Marcio Oliveira, que atua a mais de oito anos como fotojornalista no jornal O Imparcial, em Presidente Prudente.

"Nem todos os alunos possuem equipamentos e, quem tem, usa câmeras muito variadas ou até mesmo os celulares para fotografar, então a ideia do curso é conseguir melhorar o desempenho deles em relação às fotografias, independente do equipamento utilizado", explica o professor Marcio.

Alunos usam câmeras durante toda a aula
O curso, que é gratuito, tem 60 alunos matriculados no total e é uma iniciativa da Coordenadoria da Juventude, da Prefeitura de Prudente. Este blogueiro teve a oportunidade de acompanhar uma das aulas no CEU Presidente Prudente (Av. Tancredo Neves, 2150, Parque Alvorada), e a outra turma funciona na Praça da Juventude (Rua Luís Mungo, 100, Ana Jacinta).

As melhores maneiras de se utilizar os recursos disponíveis nas câmeras digitais, como foto noturna, retrato ou pôr do sol, são outro ponto interessante, detalhado pelo fotojornalista durante as aulas. Vale ressaltar que todos os estudantes podem utilizar os computadores disponíveis nas salas e, quase todos, passam o tempo todo testando os conceitos apresentados pelo professor em suas próprias câmeras ou celulares.

Foto tirada pelo DJ Michel durante uma festa
"Eu uso a fotografia para divulgar o meu trabalho e, por isso, já tinha uma noção prática, mas faltava a teoria", conta Michael Jackson Figueiredo, de 31 anos, que atua como DJ em aniversários, formaturas e casamentos na região. "Eu já até levei gente para tirar as fotos nas festas, e o resultado não ficou bom, mas agora posso orientar o pessoal para fazer melhor", revela.
Camila e Michael, no CEU no Alvorada

"Conheci o curso pelas postagens do CEU, no Facebook e decidi fazer por que eu realmente quero entrar no curso superior de fotografia, na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), mas como ainda não abriu turma, vou me aperfeiçoando por aqui, para então começar o curso em janeiro", conta a estudante Camila Rosa Mendes, de 19 anos. "Ainda não tenho uma câmera e estou aproveitando as aulas para saber qual o modelo ideal para eu comprar", detalha.

Uma das fotos tiradas por Marcio, no belo pôr do sol de Presidente Epitácio

domingo, 20 de setembro de 2015

Aplicativo estimula uso de celular, tablet e outros dispositivo móveis em sala de aula

Unesco recomenda uso de dispositivos móveis
Celulares, smartphones, tablets, notebooks e outros dispositivos móveis, que são considerados computadores portáteis, são aparelhos que têm presença garantida nas bolsas e bolsos de alunos de todas as idades, inclusive no ambiente escolar. Eles são trazidos para dentro da escola e da sala de aula, independente da vontade de seus tutores.

Tela inicial do Metaplicativo
Muitos ainda defendem a simples proibição do uso destes aparelhos que, desviariam a atenção dos estudantes do processo educacional mas, a Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura), por outro lado, acredita que "as tecnologias móveis podem ampliar e enriquecer oportunidades educacionais para estudantes em diversos ambientes". A ideia foi apresentada no documento "Diretrizes de Políticas para Aprendizagem Móvel", publicado pelo órgão em 2014.

Em Presidente Prudente, um grupo de alunos de mestrado decidiu elaborar um aplicativo, que é disponibilizado gratuitamente, e que tem como objetivo estimular os professores em relação ao uso dos dispositivos móveis em sala de aula. 

O Metaplicativo, traz diversas informações sobre o tema e orienta os docentes sobre como desenvolver o seus próprios aplicativos juntos aos alunos e também explica como criar uma animação em stop motion, dentro da sala de aula.

"Em muitos casos o uso dos dispositivos móveis em sala de aula ainda é barrado pelos professores, por uma questão de comodidade, mas com um planejamento adequado, existem muitas possibilidades de se utilizar estes aparelhos na educação e nossa intenção é conscientizar os professores sobre a importância do uso destes dispositivos", explica a professora e aluna do Mestrado em Educação da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista)Fernanda Sutkus de Oliveira Mello.

Professora criou aplicativo com alunos
A sugestão do Metaplicativo é que os professores utilizem o portal Fábrica de Aplicativos, que permite o desenvolvimento dos programas gratuitamente e o Movie Maker, para a criação das animações, cujo download pode ser feito aqui

Os usuários podem conferir também relatos de professores que utilizaram dispositivos móveis em atividades com os alunos, como a professora, Elaine Mussi Hunzecher Quaglio, que desenvolveu um aplicativo com os estudantes do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Professor Ayrton Busch, em Bauru (SP), que pode ser acessado neste link.

O projeto foi desenvolvido durante uma disciplina do Mestrado em Educação da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Prudente, em conjunto com os alunos das duas universidades (Unesp e Unoeste). Também atuaram no seu desenvolvimento os discentes Ana Siqueira, Deborah Zaduski e Odair Benedito Francisco (Unoeste), Elaine Mussi (Unesp) e Priscila Guidini (ouvinte).

A disciplina foi realizada pelos professores Klaus Schlünzen Junior e Elisa Tomoe Moriya Schlünzen (Unesp), com o apoio das colaboradoras Danielle Santos (Unesp) e Adriana Terçariol (Unoeste).

O Metaplicativo está disponível aqui (para fazer o download é necessário acessar o link direto pelo dispositivo móvel).

domingo, 13 de setembro de 2015

Cursos on-line são opção prática e barata de acesso à educação de qualidade


Utilizar a tecnologia como ferramenta de acesso à educação é o principal objetivo da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), instituída em 2012, pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Estado. A instituição oferece cursos de graduação, pós-graduação, extensão, licenciatura e formação de professores, além dos cursos livres, disponíveis na UnivespTV.

O canal entrou no ar em 2009 e exibe produções próprias e também vídeos produzidos pela BBC, Channel 4 e Open University, entre outros, além de aulas de disciplinas de cursos de graduação e pós-graduação da USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).Os cursos também podem ser visualizados no canal do Youtube da UnivespTV e há opções das mais diversas áreas, entre humanidades, exatas e ciências aplicadas, além de séries especiais, simpósios e seminários. Confira alguns exemplos abaixo e no site da UnivespTV.

- Curso de História da Arte, com o professor José Leonardo do Nascimento, do Instituto de Artes da Unesp.



- Curso de Astronomia, com o professor João Steiner, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.



Educação empreendedora

Outra opção que é mais direcionada à cursos técnicos, voltados para atividades práticas, nas áreas de gastronomia, beleza e estética, moda, design e fotografia, artesanato e negócios é a Eduk.

Estimular os alunos a se tornar empreendedores é um dos principais objetivos do canal, que também pode ser muito útil para quem deseja se desenvolver em sua área de atuação ou apenas para quem procura um novo hobby, com resultados  profissionais.

Existe a opção de se assistir às aulas gratuitamente, mas o mais recomendado é fazer uma assinatura, cujos valores variam de R$ 19,90 a R$ 29,90, por mês. Confeitaria, encadernação de livros artesanais, fotografias em alta velocidade e até mesmo corte de cabelo são alguns exemplos do que pode ser encontrado no canal. Confira aqui todas as opções oferecidas pela Eduk e, mais informações, no site da empresa ou em seu canal no youtube, onde é possível também conferir uma prévia de alguns dos cursos oferecidos.

Este blogueiro, inclusive, já teve a oportunidade de desfrutar dos resultados dos cursos da Eduk. Sua esposa e também sua sogra, Marlene do Nascimento Vieira, de 61 anos, começaram a acompanhar as aulas de panificação, com o chef Eduardo Beltrame e já fizeram alguns pãezinhos deliciosos! Confira o depoimento da Dona Marlene:

"Eu gostei porque ele explica bem direitinho, eu já sabia fazer muita coisa, mas deu para pegar algumas dicas interessantes. É importante fazer a aula e depois testar tudo na prática. Eu também achei diferente dos programas de TV, que ensinam algumas receitas, porque ali é uma aula de verdade. A Ana Maria Braga, por exemplo, dá uma receita, mas é tudo muito rápido, não dá tempo de pegar todos os detalhes. É tão bom quanto uma aula normal, pois, no final, tem uma provinha, você recebe o certificado, o que ajuda se a pessoa for procurar um trabalho".

domingo, 6 de setembro de 2015

Epitácio terá III Mostra Científica, Cultural e Tecnológica de 14 a 16 de outubro

Vai até o dia 15 de setembro o prazo para a inscrição de trabalhos (com entrega dos resumos expandidos) para a III Mostra Científica, Cultural e Tecnológica, que será realizada de 14 a 16 de outubro, em Presidente Epitácio. O evento será no campus do IFSP (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo) e é realizado em parceria com o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico)

Alunos do ensino fundamental, médio, técnico e superior de escolas públicas e privadas da região podem participar gratuitamente acompanhando as atividades ou apresentando o que foi produzido em suas unidades. Professores, pesquisadores e outros interessados em compartilhar conhecimento e contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico também serão muito bem vindos na bela cidade, localizada às margens do Rio Paraná.

Serão apresentados trabalhos nas modalidades: mostra de projetos, apresentação oral e de pôsteres. Com a mostra, Epitácio é uma das 4 cidades de São Paulo com atividades programadas dentro da SNCT 2015 (Semana Nacional de Tecnologia 2015), que ocorre em todo o país, também em outubro. Não é necessário se inscrever para assistir às apresentações mas para realizar as inscrições, basta preencher o formulário e enviar o resumo clicando aqui.


A programação completa ainda não está disponível mas, para se ter uma ideia, a III Mostra Científica, Cultura e Tecnológica terá, por exemplo, visitas técnicas à fábricas de tijolos e concreto, oficinas de xadrez e ainda uma oficina sobre a construção e lançamento de foguetes. Confira aqui toda a programação na cidade, apresentada no site da SNCT 2015. Josy da Silva Freitas, que é da comissão organizadora, pode dar mais informações pelo e-mail josyfreitas@ifsp.edu.br.


As inscrições para a SNTC (Semana Nacional de Ciência e Tecnologia) 2015, cujo objetivo é chamar a atenção e mobilizar jovens, crianças e educadores em torno de temas relacionados à Ciência e Tecnologia continuam abertas. O evento será realizado em todo o país de 19 a 25 de outubro. Essa é a 12ª edição da iniciativa com o tema: "Luz, ciência e vida" (este foi instituído como o ano Internacional da Luz, de acordo com as Nações Unidas, o que inspirou a definição do tema).

Tanto professores, individualmente, quanto instituições podem inscrever suas atividades e, de acordo com a coordenação nacional da SNCT 2015, existe a possibilidade de se estender o prazo para cadastro de novos eventos, o que deve ocorrer caso haja um grande número de interessados. Para fazer o cadastro é só clicar aqui. O site do evento também disponibiliza os contatos dos coordenadores regionais de todos os estados.

A semana é realizada pelo MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação), do Governo Federal e pretende reunir trabalhos dos estados, municípios, agências de fomento, espaços científico- culturai, instituições de ensino e pesquisa, sociedades científicas, empresas de base tecnológica e entidades civis, sempre com a intenção de aproximar a população de temas relacionados à ciência e tecnologia.

Até o momento, 363 atividades foram cadastradas, em 76 cidades brasileiras e 1.025 instituições se inscreveram. No Estado de São Paulo, foram 43 instituições, com 35 atividades, concentradas, por enquanto, em apenas 4 cidades.

domingo, 30 de agosto de 2015

Mostra pedagógica reúne alunos, pais e professores


Diferente do que este blogueiro estava acostumado a ver quando ainda era criança, na Mostra Pedagógica apresentada neste sábado (29/08), pelos alunos e professores da Ecola Municipal Dr. Pedro Furquim, podia se notar a presença da tecnologia das mais diversas maneiras, a começar pelo uso de um notebook, conectado a um projetor, algo muito simples, mas que permite uma infinidade de utilizações para contribuir com o trabalho feito com os alunos.

"Essa é uma equipe de guerreiros e nós confiamos em vocês", disse a secretária municipal de educação, Ondina Gerbasi, pouco antes de começarem as apresentações, que, logo passaram a ser filmadas e fotografadas tanto pelas crianças quanto pelos adultos presentes, com seus celulares e tablets.
A primeira turminha foi a do prézinho, que apresentou um pout-pourri de músicas folclóricas, tudo controlado pelo sistema de som, conectado com o computador usado na produção. Apesar da timidez dos pequenos, os pais acompanhavam atentos ao musical.

Na sequência, os meninos e meninas do 1ª ano fizeram uma interpretação da história da Chapeuzinho Vermelho, tudo elaborado com enfoque na alfabetização dos alunos. Nesta versão, as roupas, de chapeuzinho vermelho e de lobo mau foram o destaque da apresentação.

Vinícius de Moraes foi lembrado na sequência, pelas crianças do 2º ano, que interpretaram a música " "O Pato", acompanhados, ao fundo, por um vídeo-clipe da canção, especialmente voltado para as crianças.

Agora, como nem todos os alunos do 3º ano estavam presentes no sábado, eles se reuniram um dia antes, com as professoras Karina Sacardo, Maria José dos Santos e Tatiane Santos Maria para gravar uma versão de "A sopa de pedra"(uma releitura da peça Sopa Supimpa, do Grupo Trii e Palavra Cantada), que foi usado como referência para os alunos nas disciplinas de português e matemática. O vídeo, que você pode ver no final da postagem, também era acompanhado ao vivo, pelas crianças, que cantavam junto enquanto assistiam.

A surpresa feita pelo 4º ano foi uma leitura de poemas de literatura de cordel, feitos por eles mesmos, sobre o seu dia a dia.
Ricardo e Emanoel, pai e filho
Emanoel de Melo do Nascimento Moro, de 10 anos, foi um dos alunos do 4º ano que fez um poema e o dele foi em homenagem a seu pai, Ricardo Aparecido do Nascimento Moro. "Ele está de parabéns", disse logo depois da apresentação. "Eu fiz um poema sobre um dia e no começo fiquei com vergonha, mas depois a gente acostuma", disse a aluna do mesmo ano, Miriam Ambrósio Campos, também de 10 anos.
Professoras Marisa,Maria e Rosângela
Em seguida, o 5º ano apresentou diversos brinquedos feitos de sucata, como pé de lata, currupio, pula corda, elástico e pipa.

"Nesse mundo com tanta tecnologia, as crianças ficam muito tempo dentro de casa e acabam preferindo só nos jogos eletrônicos", explicam as professoras Maria Meire Raposo, Marisa Gonçalves Rodrigues de Souza e Rosângela Cavalaro. "Até os pais acabam deixando de fazer certos brinquedos que estavam acostumados a brincar na infância e eles proporcionam uma experiência muito positiva para as crianças, estimula a atividade física e são muito divertidos".
 Raiane ensina a brincar com o currupio

Já depois das apresentações, que foram complementadas pelos trabalhos mostrados pelos alunos e professores em suas salas de aula, a estudante do 5º ano, Raiane Vitória, de 10 anos, brinca com seu currupio e explica a este blogueiro como ele funciona. "Você coloca no dedão ou no indicador, aí roda, roda, roda, até ele ficar bem apertado e, quando você sente que ele vai parar, dá um puxãozinho e ele volta".

domingo, 23 de agosto de 2015

Tecnologia assistiva na educação de pessoas com deficiências

Desenvolver um melhor atendimento educacional especializado para pessoas com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, para complementar o ensino regular dos EPAEE (Estudantes Público Alvo da Educação Especial), por meio da TA (Tecnologia Assistiva) é o objetivo do curso Tecnologia Assistiva, Projetos e Acessibilidade: Promovendo a Inclusão Escolar.


Formar os professores em relação ao uso das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), de maneira continuada, é a proposta do curso para a formação dos educadores. "Esta formação não deve ser somente permeada por prepará-lo para o uso da tecnologia. É necessário amparar, oferecer-lhe condições para que possa se sentir seguro na sua nova prática pedagógica. Estas condições passam por uma formação constante, em movimento entre teoria e prática". A explicação é do professor da Unesp, Klaus Schlünzen Junior, em texto de introdução ao curso.

Neste sentido, a formação de professores para um melhor atendimento aos estudantes com deficiências, usando as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) e a Tecnologia Assistiva, a partir de uma perspectiva inclusiva destes alunos. "A tecnologia facilita a vida das pessoas, mas para as pessoas com deficiências, ela torna a vida possível", detalha a professora e coordenadora do CPIDESElisa Tomoe Moriya Schlünzen.

Os professores que estiverem interessados em participar do curso de Tecnologia Assistiva, Projetos e Acessibilidade: Promovendo a Inclusão Escolar pode procurar a secretaria de educação, estadual ou municipal, em sua região e informar o interesse. De acordo com a professora Elisa, quanto mais os docentes, por meio das secretarias, manifestarem a intenção de fazer o curso, aumentam as possibilidades de abertura de novas turmas.

Confira o vídeo de apresentação do curso e, para mais informações, acesse: http://www.ta.unesp.br/.

domingo, 16 de agosto de 2015

Hidroponia: aprendendo na prática sobre a natureza

Espuma fenólica recebe as sementes
"Eu fui aprender sobre hidroponia com mais de 40 anos e eles tem essa oportunidade com 9, 10 anos", conta o hidroponicultor José Aparecido Nunes Sampaio, responsável pela Horta Municipal de Presidente Prudente e também por apresentar uma das técnicas mais avançadas de cultivo aos alunos do Programa Cidade Escola, da Prefeitura de Presidente Prudente.

As mudas ficam primeiro no berçário
"Na hidroponia é possível cultivar, por exemplo, alface, agrião, coentro, salsinha, espinafre, rúcula, em um material chamado de espuma fenólica, que é irrigado constantemente e a água fornece os nutrientes necessários para o desenvolvimento da planta", explica Sampaio. A maior rapidez na produção, que leva cerca de 45 dias, não ter a necessidade do uso de agrotóxicos e poder produzir durante todo o ano, independente da temperatura são as principais vantagens da técnica. 

Além disso, em Prudente, a Horta Municipal é também um espaço onde as crianças aprendem sobre a hidroponia, têm contato com a natureza e começam a valorizar o alimento que, neste caso, elas mesmas cultivaram. Aproximadamente 160 alunos da rede pública visitam a área semanalmente.

Depois são transferidas de canaleta
"Tinha um garoto, logo no início, que não comia alface. Ele plantou na espuma fenólica, levou para a estufa, cuidou, lavou, manuseou a planta e depois de tudo eu perguntei: você ainda não vai comer esse alface? Ele levou a verdura para casa e, voltou 15 dias depois e me contou que agora come alface em todas as refeições, relata Sampaio.
Sampaio: "Tem que tratar a planta com carinho"
"Depois de plantar a semente, coloca lá na estufa e espera a planta crescer", diz o aluno no 5º ano, Leonardo Rafael Teixeira, de 10 anos, logo depois de colocar a semente de alface na espuma fenólica. "O que eu achei mais interessante foi saber analisar o PH da água antes de poder plantar, deu vontade até de ter a minha pópria horta", conta o futuro hidroponicultor.
"A hidroponia está de parabéns!", começa o estudante do 4º ano, João Eduardo Palmeiras de Souza, de 9 anos. "Achei muito legal porque é um jeito diferente de plantar e o alface da hidroponia que eu levei pra casa, eu e minha mãe achamos muito mais gostoso do que o que planta no solo", completa.



Durante a visita e as explicações, as crianças não escondem a satisfação de estarem naquela aula, pouco usual. "Da outra vez eu não vim preparada, mas agora eu trouxe até um sacola para levar o alface pra casa", explica a animada Beatriz Nascimento Gomes, de 10 anos. "Eu já tinha plantado batata, cenoura, abacaxi, um monte de coisa, tudo no videogame" revela Maria Eduarda Bezerra do Nascimento, de 11 anos, animada por, dessa vez, as plantinhas serem de verdade.

Confira mais imagens da visita, realizada no início de agosto: