domingo, 12 de março de 2017

Videocamp propõe exibições públicas de cinema para discutir e transformar a sociedade

Um quintal ou uma sala, com espaço para cinco ou mais pessoas, uma tela com tamanho pelo menos razoável e vontade de tornar o mundo um lugar melhor. Estes são os requisitos básicos para você se tornar um exibidor de filmes da plataforma Videocamp: "uma plataforma para quem quer ver o mundo mudar, mas não quer ficar só assistindo".


Documentários como "O Começo da Vida", que fala sobre a importância dos primeiros anos após o nascimento, "Democracia em Preto e Branco", que conta um pouco da história da Democracia Corinthiana, "Quebrando o Tabu", sobre a criminalização das drogas e "A Educação Proibida" são alguns exemplos dos filmes disponíveis na plataforma.


"São amantes do cinema que também buscam um 'como ajudar', 'o que eu posso fazer', 'onde', 'por quem'". Assim pode ser definida a audiência do Videocamp, cuja equipe de curadores busca reunir títulos de interesse social e compartilhar essas idéias sempre com o objetivo de atingir o maior público possível. "Toda pessoa que acredita no cinema como ferramenta de transformação é bem vinda por aqui!", destaca mensagem no site.

Alguns dos filmes são disponíveis apenas para exibições públicas, que devem ter pelo menos cinco pessoas e qualquer um pode organizar uma. É preciso apenas se cadastrar, solicitar e informar os dados sobre a apresentação e, apresentar um relatório (com imagens), comprovando que a exibição foi realizada.

Aos educadores, são disponibilizados planos de aula em alguns dos filmes, para auxiliar no trabalho a ser realizado com os alunos e também um "Guia prático para conduzir discussões", que ajuda a estabelecer um ambiente propício ao "entendimento e ao diálogo", que é a proposta do Videocamp.

Confira abaixo o premiado - e emocionante - curta metragem "O Presente", de Jacob Frey, mais um dos títulos que fazem parte do acervo do Videocamp:

The Present from Jacob Frey on Vimeo.

domingo, 5 de março de 2017

Curso de vídeo desenvolvido por blogueiro é concluído com produção prática dos alunos sobre o 7º Salão do Livro

Produzir e editar vídeos utilizando apenas o aparelho celular ou câmeras compactas foi o principal objetivo do curso "Produção e Edição de Vídeos", desenvolvido e aplicado por este blogueiro nas Praças da Juventude do Humberto Salvador, do Ana Jacinta, da Cohab e no CEU do Parque Alvorada, todos em Presidente Prudente. As aulas foram concluídas em dezembro de 2016, com a produção, por cada uma das turmas, de um material áudio-visual apresentando o 7º Salão do Livro de Prudente

Durante as 30 horas aula de curso, os jovens e adultos conheceram um pouco da história do audio-visual, aprenderam a utilizar na prática o YouTube Editor e o Windows Movie Maker, foram apresentados à conceitos de edição, enquadramento e movimento de câmera, tiveram contato com formas de divulgação do material produzido, como por meio do Blogger, por exemplo.

Tudo isso foi aplicado na prática pelos estudantes a partira da atividade realizada durante o Salão do Livro, no Centro Cultural Matarazzo. Um roteiro, desenvolvido pelos próprios alunos, que especificava as funções de cada um, além de pontuar quais imagens deveriam ser captadas, mostrava o caminho para a produção a ser realizada no dia do evento. Porém, foi a criatividade e a desenvoltura de cada um que chamaram a atenção durante os trabalhos.

Era nítida a empolgação dos estudantes durante toda a atividade, que foi supervisionada de perto pelo professor. Todos se mostraram muito à vontade, tanto para a captação de imagens a partir de diversos ângulos e movimentos de câmera, quanto no contato com o público, escritores, expositores e outras autoridades presentes no local.

De volta às salas de aula, os grupos transferiram os materiais captados para os computadores e iniciaram o lento, cansativo, mas fundamental processo de seleção e edição das melhores imagens. Na sequência, foram feitos os acabamentos, incluindo tratamento de som, inclusão de efeitos, créditos e trilha sonora e os resultados podem ser conferidos logo abaixo:

Praça da Juventude - Humberto Salvador:


Praça da Juventude - Ana Jacinta



Praça da Juventude - Cohab


CEU - Parque Alvorada


Meus agradecimentos pela participação de todos neste que foi o primeiro curso cujo projeto, desenvolvimento e conclusão foi inteiramente produzido por este blogueiro, para disponibilizar ferramentas que contribuíssem com o desenvolvimento profissional de cada aluno, o que foi concluído de forma satisfatória, Um agradecimento também ao Coordenador da Juventude da Prefeitura de Presidente Prudente, Juliano Borges, que acreditou na proposta desde o início e confiou no desenvolvimento de um trabalho de qualidade.

Formatura foi com os alunos do curso de Fotografia, realizado pelo professor Márcio Oliveira

quarta-feira, 1 de março de 2017

Antônio Carlos Guarini Perpétuo: "Habilidades cognitivas e sócio-emocionais devem ser prioridades na educação"

Depois de seis meses de uma parada necessária por conta do acúmulo de atividades profissionais deste blogueiro, muita coisa mudou no Brasil e no mundo e, no SAIA Educando, não poderia ser diferente. Confira os detalhes sobre os ajustes visuais e de conteúdo do blog, clicando neste link.

Para recomeçar com pé direito, o SAIA Educando traz a segunda entrevista (muito mais completa do que a primeira), com o presidente fundador do Método Supera, Antônio Carlos Guarini Perpétuo, realizada no saguão do Hotel Monreale, em São José dos  Campos, no dia 16 de fevereiro, durante o treinamento para os educadores, desta que é a maior franquia de ginástica cerebral em todo o mundo.

Estimular nos alunos as habilidades que nos permitem aprender e a refletir sobre o conhecimento são alguns dos principais objetivos do Supera e estes foram temas abordados neste pate papo, que tratou também de educação de crianças, adultos e idosos, neurociência, educação inclusiva, saúde, qualidade de vida e alguns outros que o leitor do SAIA Educando confere abaixo, com exclusividade.

SAIA Educando: Como estimular as habilidades cognitivas e sócio-emocionais, se é que isso é possível, na educação formal, cujo foco é principalmente no conteúdo?

Antônio Carlos Guarini Perpétuo: É perfeitamente possível, mas o problema é que o foco está errado. O foco não deve ser no conteúdo. Essa prioridade que o Brasil tem é algo que beira o absurdo. Países que têm a educação como prioridade e os grande teóricos da educação na atualidade preconizam que o foco não deve ser no conteúdo, por várias razões. A primeira delas é que a vastidão de conteúdo se agiganta a todo momento, então é impossível que uma pessoa se aproprie disso tudo. Em segundo lugar, essa pessoa se apropria hoje do conhecimento e, em pouco tempo, aquilo já se tornou obsoleto ou precisa ser complementado com muitas outras informações. A escola não pode pretender ter isso como missão, pois ela não dará conta. É impossível.

Além disso, toda essa informação está disponível na web. Com essa revolução na comunicação, ficou muito mais fácil para os alunos, para os profissionais, buscarem essas informações. Então o foco tem que ser no desenvolvimento das habilidades cognitivas e sócio-emocionais. As cognitivas, para que você possa buscar essa informação, possa entender essa informação e construir soluções a partir dessas informações, que você busca de forma auto-didata. Então você tem que desenvolver o auto-didatismo. Quando você desenvolve foco, concentração, raciocínio lógico, criatividade, o ‘pensar fora da caixa’, capacidade de análise, de síntese, você instrumentalizou seu aluno a resolver qualquer problema, pois ele vai estar apto a buscar qualquer tipo de informação, a entender essa informação e a desenvolver soluções com base nessa informação.

E a inteligência sócio-emocional também é importante. Por quê? Você hoje vai trabalhar dentro de uma indústria, de uma empresa de serviços, você vai se relacionar com as outras pessoas. Então você precisa desenvolver a parte sócio-emocional para que tenha condições de compartilhar o conhecimento, transmiti-lo para a sociedade, ensinar isso de uma forma bacana... Então são esses dois pontos que devem ser o foco da educação.

A missão da escola tem que ser a de apresentar noções básicas de matemática, linguagem, e outros temas para que a pessoa tenha um repertório um pouco maior, com conceitos de história, geografia, biologia, mas de uma forma que não precisa nem cobrar em prova. Isso é para começar a se descortinar o mundo para ela. Há vários estudos científicos mostrando que o ensino se torna eficaz se ele provoca reflexão.

SAIA Educando: Autores como o português José Pacheco ressaltam que são diversos os fatores que impedem que uma mudança seja implementada de forma concreta na educação, desde os professores, muitos deles acomodados com a forma como ela já é realizada, as diretorias e administrações das escolas, os pais, que querem para os filhos a mesma educação que tiveram, além dos próprios alunos... Todos os atores envolvidos no processo acabam impedindo a mudança... Então, qual pode ser a solução?

Antônio Carlos: Isso acontece pois a nossa sociedade ainda não se conscientizou de que a educação é o único vetor para que a gente se torne um país desenvolvido. No caso da Coréia do Sul, por exemplo, a sociedade criou essa consciência de que era necessário o investimento em educação. E aí todos os atores: pais, alunos, educadores, formadores de opinião e governo trabalharam em prol de um projeto de educação para transformar o país. Aqui ainda não se começou essa discussão e como não há um projeto de médio e longo prazo, a gente não sai do lugar. O desafio é gigantesco. Mesmo com todos pensando na mesma direção, ainda que houvesse um cenário ideal, seria muito difícil. Nesse cenário nosso é impossível.

SAIA Educando: O Supera já está inserido na educação pública de alguns municípios. Como é que o método pode contribuir nessa mudança na educação brasileira?

Antônio Carlos: Se a gente entender que a escola está toda focada em conteúdo, que não privilegia as questões cognitivas e sócio-emocionais e o Supera só faz isso, quando ele entra em uma escola, como um ensino complementar, ele tira esse gap, ele chama essa responsabilidade. Tem uma coisa mais interessante ainda, pois os alunos têm a sensação de que não é estudo. Eles estão brincando ou estão jogando, estão praticando o ábaco, estão resolvendo desafios, pois não tem aquela coisa de “tenho que decorar isso, por que vai cair na prova”, então eles adoram a aula. A partir do momento em que o aluno gosta da aula, ele se abre emocionalmente para aquilo e o aprendizado é muito mais facilitado.

Quando a gente fala das questões de disciplina, que “é difícil manter o aluno antenado em sala de aula”, é difícil mesmo. O aluno hoje não é mais aquele bobinho da minha época, quando o professor entrava em sala de aula e dizia: “vocês precisam saber isso aqui”. A gente não era crítico para perguntar: “mas eu preciso saber por quê?”. Hoje o aluno é muito crítico e ele tem informação. Então ele olha para aquilo lá e fala: “não vai me servir para nada isso e essa aula mediana aqui, eu entro na internet e consigo um professor para dar esse mesmo conteúdo com dez vezes mais qualidade”. Então ele desconecta. Como é que você vai manter a disciplina em sala de aula, se o cara sabe que não precisa daquilo e que, se precisar, ele consegue na internet um professor dez vezes melhor? É missão impossível!

SAIA Educando: Nestes casos onde já foi aplicado o método, deu para sentir uma mudança significativa?

Antônio Carlos: Sim, dá para perceber essa mudança. Pois os alunos acabam melhorando dentro de sala de aula. Ele sabe que aquele conteúdo, mesmo que não tenha interesse, vai ter que dominar e vai ter que fazer prova, então ele aprende mais rápido, entende melhor… Entre os alunos em situação de exclusão social então, o resultado é percebido mais rápido ainda.

Nós fizemos um trabalho durante alguns anos com os alunos da FUNDHAS (Fundação Hélio Augusto de Souza), em São José dos Campos, e recebíamos estes alunos lá no Supera, uma vez por semana, em torno de 10 a 15 alunos. A gente conversava com os professores no começo do ano e eles sempre encaminhavam os alunos mais problemáticos, muito tímidos, pouco interessados, com notas baixíssimas... No final do ano, esse alunos eram os que mais participavam em sala de aula, que mais perguntavam para o professor e que melhores notas tiravam.

O nosso sistema de ensino acaba jogando o aluno em um ciclo vicioso. Ele chega em uma sala com 30 a 40 alunos, tem dificuldade cognitiva, está defasado em relação ao grupo. Naturalmente ele se fecha. Tem vergonha de perguntar e aí se fecha cada vez mais, passa a aula sem perguntar nada, sai sem entender nada, não consegue estudar nada em casa, tira notas cada vez mais baixas, e já entrou nesse ciclo vicioso. Quando ele vai para o Supera, a gente tira ele desse ciclo e põe no virtuoso. Ele vai assistir aula do mesmo jeito, mas começa a entender muito mais rápido e até mais rápido que os outros. Resultado: eles começam até a desafiar os professores, começam a aprender, a estudar, a tirar nota boa…

SAIA Educando: O conceito de neurociência é cada vez mais comum na mídia e, principalmente nas discussões sobre educação... Como e quando a neurociência entrou no desenvolvimento da metodologia utilizada no Supera?

Antônio Carlos: Quando o Supera começou, eu nem sabia de neurociência... Isso veio depois. O que é neuroeducação? É o conhecimento dos neurocientistas, aplicado à educação. Mas temos que considerar que a neurociência é uma das grandes áreas a ser desbravada nos próximos anos, pois o cérebro é a área mais desconhecida do corpo humano. Então quando falamos de neurociência, neuroeducação, estamos tratando da fronteira da ciência. É algo muito novo! Existe muito pouco conhecimento prático. O que se sabe é o cérebro realmente é plástico, então, conforme você estimula, ele se modifica, em qualquer idade, que você precisa de coisas novas, variadas e desafiadoras para a produção de neurotransmissores...

Mas, por exemplo, trabalhar com o ábaco. Depois de muito tempo a gente percebeu que as crianças com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), tinham um resultado muito bom com o ábaco.  A gente não entendia qual era o processo, mas sabia que ele funcionava. Depois de muito conversar com neurocientistas, descobrimos que, quem tem déficit de atenção, é por que uma área do córtex pré-frontal foi pouco desenvolvida. Mas na grande maioria isso não ocorre por uma fatalidade genética, mas sim por que ela foi pouco estimulada. Tanto é que depois conhecemos outra neurocientista que ficou três meses na Índia e constatou que lá não tem TDAH, enquanto aqui no Brasil o índice é de 12 a 13% da população... Isso é por que a educação indiana, com a meditação e outras práticas, estimula o desenvolvimento do córtex pré-frontal, de forma correta. Então aqui, o problema é que essa área foi pouco estimulada. Então como você estimula? Você tem que estar concentrado, atento. E o que o ábaco faz? Você começa fazendo algumas contas... No primeiro dia faz 10 minutos, no segundo dia faz 15 minutos e vai aumentado devagar, estimulando devagar, até que depois de um ano de curso ela não tem mais dificuldade. Isso é neuroeducação pura e o Supera caminha junto com o desenvolvimento desses conhecimentos.
SAIA Educando: Fugindo um pouco dessa relação direta com a educação de crianças e adolescentes, como o Supera pode contribuir para a melhora da qualidade de vida na terceira idade?

Antônio Carlos: O Supera atua nesses dois grandes nichos, que são o educacional, que inclui também a melhora no desempenho profissional, empregabilidade, incluindo o desempenho nas entrevistas, que utilizam muito os testes cognitivos, pois querem saber se você sabe pensar e se pensa com qualidade, além de avaliarem o lado sócio-emocional... Este é o aspecto educacional.

Em relação aos idosos, é importantíssimo, pois, o nosso sistema educacional deficitário, não tem uma consequência apenas na capacitação profissional, na qualidade dos nossos profissionais. Isso significa que a gente pouco estimulou o cérebro da nossa população, que acabou desenvolvendo pouca reserva cognitiva. Não é a toa que existem vários estudos mostrando que uma das coisas que previne o Alzheimer é o nível educacional. Quanto maior o seu nível educacional, maior a sua reserva cognitiva. Então, lá  na frente, quando começarem a desligar os seus circuitos – o que acontece com todo mundo – você vai ter muito mais circuitos e vai demorar muito mais para sentir esse efeito. Na sua casa, por exemplo, se você tem um disjuntor e ele desliga, você fica no escuro, mas se tem 100, pode desligar até meia dúzia que você não vai nem perceber. É o que acontece quando a gente envelhece, quando ocorre um processo de degeneração cerebral, mas se você tem uma reserva cognitiva grande, vai demorar muito mais tempo para você começar a perceber os efeitos práticos dessa questão.

Então, a importância de você fazer o Supera nessa idade mais avançada, primeiro, ela consegue aumentar sua reserva cognitiva, que é possível aumentar em qualquer idade, o que já é positivo e, segundo, diminui a velocidade de degeneração, o que acaba sendo um trabalho de prevenção. Então quanto mais estímulos, quanto mais ativa for a sua vida, quanto mais você usar e forçar o seu cérebro, muito melhor, pois você vai demorar muito mais tempo para entrar em um processo de degeneração e vai preservar por mais tempo a memória, o raciocínio e vai demorar mais para desenvolver Alzheimer, Parkinson, etc. A medicina ainda não encontrou cura para isso, mas já existem várias pesquisas mostrando que a ginástica cerebral pode prorrogar em até 20 anos o surgimento dos sintomas do Alzheimer, por exemplo.

Na terceira idade a ginástica cerebral é importante por isso, mas há outro aspecto também, que é o do sócio-emocional. Você precisa sair de casa, precisa se relacionar. São cinco fatores para você evitar, por exemplo, o Alzheimer. Primeiro a ginástica cerebral, segundo, ginástica física, terceiro, controlar o diabetes e, quarto, controlar pressão alta e, por fim, depressão. São dessas cinco coisas que você tem que cuidar.

SAIA Educando: O Supera pode ser uma ferramenta para auxiliar na educação inclusiva?

Antônio Carlos: Nós nunca tivemos esse foco por uma questão de negócio, para não ficarmos rotulados como uma metodologia somente inclusiva. Mas o Supera tem uma possibilidade de inclusão fantástica. Por exemplo, o deficiente visual. A única forma de o deficiente visual fazer conta é por meio do ábaco. Inclusive está na nossa Lei que o deficiente visual pode usar o ábaco em qualquer concurso público ou vestibular. Além disso, pessoas com deficiências cognitivas, no EJA (Ensino de Jovens e Adultos), alunos com 40, 50, 60 anos, que nunca estudaram, com o cérebro enferrujado, primeiro você tem que aplicar o Supera, para que você consiga potencializar o aprendizado. Temos casos também com Síndrome de Down, com exemplos de alunos que nunca tinham conseguido aprender matemática e depois do Supera ele conseguiu. É algo que nós queremos estimular na rede, como um trabalho social.

SAIA Educando: Qual é o seu grande sonho?

Antônio Carlos: É ver o Supera no mundo inteiro! Quando comecei, eu me perguntei, será que vou ter algum aluno? Por que não existia esse negócio de ginástica para o cérebro, de desenvolvimento congnitivo, sócio-emocional...  Eu quis desenvolver inteligência e não tinha nada assim no mundo. O que tinha, na Malásia, no Japão, eram escolas de soroban, com foco em campeonato. Quando montei o negócio, questionei, será que alguém vai se dispor a fazer isso? E olha onde nós chegamos... Estamos no Brasil inteiro e cada dia crescendo mais, pois todo mundo precisa!