Hidroponia: aprendendo na prática sobre a natureza

Espuma fenólica recebe as sementes

"Eu fui aprender sobre hidroponia com mais de 40 anos e eles tem essa oportunidade com 9, 10 anos", conta o hidroponicultor José Aparecido Nunes Sampaio, responsável pela Horta Municipal de Presidente Prudente e também por apresentar uma das técnicas mais avançadas de cultivo aos alunos do Programa Cidade Escola, da Prefeitura de Presidente Prudente.

As mudas ficam primeiro no berçário

"Na hidroponia é possível cultivar, por exemplo, alface, agrião, coentro, salsinha, espinafre, rúcula, em um material chamado de espuma fenólica, que é irrigado constantemente e a água fornece os nutrientes necessários para o desenvolvimento da planta", explica Sampaio. A maior rapidez na produção, que leva cerca de 45 dias, não ter a necessidade do uso de agrotóxicos e poder produzir durante todo o ano, independente da temperatura são as principais vantagens da técnica. 

Além disso, em Prudente, a Horta Municipal é também um espaço onde as crianças aprendem sobre a hidroponia, têm contato com a natureza e começam a valorizar o alimento que, neste caso, elas mesmas cultivaram. Aproximadamente 160 alunos da rede pública visitam a área semanalmente.

Depois são transferidas de canaleta

"Tinha um garoto, logo no início, que não comia alface. Ele plantou na espuma fenólica, levou para a estufa, cuidou, lavou, manuseou a planta e depois de tudo eu perguntei: você ainda não vai comer esse alface? Ele levou a verdura para casa e, voltou 15 dias depois e me contou que agora come alface em todas as refeições, relata Sampaio.

Sampaio: "Tem que tratar a planta com carinho"

"Depois de plantar a semente, coloca lá na estufa e espera a planta crescer", diz o aluno no 5º ano, Leonardo Rafael Teixeira, de 10 anos, logo depois de colocar a semente de alface na espuma fenólica. "O que eu achei mais interessante foi saber analisar o PH da água antes de poder plantar, deu vontade até de ter a minha pópria horta", conta o futuro hidroponicultor.

"A hidroponia está de parabéns!", começa o estudante do 4º ano, João Eduardo Palmeiras de Souza, de 9 anos. "Achei muito legal porque é um jeito diferente de plantar e o alface da hidroponia que eu levei pra casa, eu e minha mãe achamos muito mais gostoso do que o que planta no solo", completa.

Durante a visita e as explicações, as crianças não escondem a satisfação de estarem naquela aula, pouco usual. "Da outra vez eu não vim preparada, mas agora eu trouxe até um sacola para levar o alface pra casa", explica a animada Beatriz Nascimento Gomes, de 10 anos. "Eu já tinha plantado batata, cenoura, abacaxi, um monte de coisa, tudo no videogame" revela Maria Eduarda Bezerra do Nascimento, de 11 anos, animada por, dessa vez, as plantinhas serem de verdade.

Confira mais imagens da visita, realizada no início de agosto:

Poesia virtual: vida e obra de Vinícius de Moraes

Durante a infância, em 1917

"Meu tempo é quando", escreveu Vinícius de Moraes, no texto publicado na obra Poética, em Nova Iorque, em 1966.

Esta é uma minúscula amostra, presente ainda na tela de apresentação do site Vinícius de Moraes, que reúne a vida e a obra deste formidável artista, tudo disponibilizado de maneira muito bem organizada e de graça.

Nascido no dia 19 de outubro de 1913, no Rio de Janeiro, Vinícius deixou, após a sua morte, em 1980, uma vasta produção poética e musical, além de prosas, crônicas, críticas de cinema, produções para teatro, além de muitos amigos.

Fácil de navegar, o site retrata a obra de Vinícius, dividida por categorias e explicada, item a item, com informações, dados técnicos e curiosidades sobre cada produção, contextualizando os trabalhos e garantindo um mergulho profundo na realidade do autor.

O espaço virtual sobre Vinícius é administrado pela VM Cultural, que existe desde 1987 e tem como objetivo "propagar a obra do múltiplo poeta, dando acesso a estudantes, professores, pesquisadores e admiradores de sua fecunda produção".

Segundo os organizadores, a intenção é que o site sirva de referência para os visitantes. "Nossa tentativa é acompanhar as mudanças do tempo, suas novas direções, conjugando a vontade de um homem, de um pai, de um artista, o levando onde sempre quis estar, junto a seus leitores, seu público".

Educação e cinema

Fazer o download gratuito de filmes pela internet pode não ser considerado a melhor das maneiras de se ter acesso ao que há de melhor na indústria do cinema... Porém, uma ótima sugestão para o professor que, mesmo assim, quer mostrar o que há de melhor e mais recente em relação à produção cinematográfica aos seus alunos, pode acessar alguns sites que disponibilizam diversos filmes, com ótima qualidade.

O que mais recomendo se chama O Melhor da Telona e disponibiliza os filmes que estão em cartaz nos cinemas, ou mesmo que ainda não chegaram às telas, principalmente na região de Presidente Prudente.

Há também clássicos, documentários e produções independentes de diversos países, inclusive brasileiras. O site conta ainda com resenhas de filmes e tutoriais detalhados sobre como fazer o download dos arquivos, tarefa que pode parecer complicada à primeira vista, mas que, de fato, é bem simples.

Os filmes são divididos por categorias, contam com uma pequena sinopse e, muitas vezes, também com o trailer. Alguns pontos negativos é a presença de anúncios, mas que não chegam a prejudicar a navegação. Se a velocidade de conexão da internet for baixa, isso pode dificultar na conclusão dos downloads.

Como um pouco diversão também não faz mal a ninguém, é possível 'baixar' também episódios atualizados de diversos seriados.

Confira abaixo o trailer de O Sal da Terra, que conta a história do fotografo Sebastião Salgado e é um dos exemplos dos filmes que podem ser encontrados no site (clique aqui para baixar).

Sociologia no Mundo: do compartilhamento de dados a espaço de discussão virtual

Apresentar um exemplo do uso do blog na educação e discutir as vantagens e dificuldades enfrentadas na aplicação prática da ferramenta foram os principais objetivos da conversa, transmitida ao vivo pelo Hangout do Google, no dia 14 de julho. O evento foi promovido pelo GEG (grupo de Educadores Google de Prudente).

Tive o prazer de participar dessa  conversa e também compartilhar minhas ideias sobre o tema, junto com a professora Juliana Maria Cristiano Gense, que leciona no curso de Letras da Fapepe/Uniesp, em Prudente e com o professor da área de filosofia, Júlio César Gonçalves, criador e administrador do blog Sociologia no Mundo.

O blog, criado pelo professor Júlio em 2009, teve como objetivo inicial o compartilhamento de materiais com os  alunos, que pudessem ser acessados após a conclusão do trabalho em sala de aula. "A ideia era criar uma base de dados, a princípio, por que o suporte da instituição teve um problema técnico e não estava suportando tudo o que eu gostaria de disponibilizar, aí pensamos na possibilidade de criar um ambiente virtual", conta.

Porém, atualmente, o espaço também apresenta discussões aprofundadas a respeito de temas atuais, em diferentes áreas. "Com o tempo, eu comecei a receber e-mails de colegas com textos para publicar e também senti a necessidade de criar um espaço de bate papo, nesse ambiente de interação", detalha Júlio.

Aos poucos, ele passou a buscar novos gadgets, novas alternativas visuais e novidades nos tutoriais do Blogger, onde o Sociologia no Mundo está inserido. "O blog foi mudando a função inicial e se tornou um espaço de discussão e reflexão, com textos que recebo de pessoas de fora, dos alunos, com foco em temas que estão na sociedade, muitas vezes polêmicos".

Ele lembra ainda que, apesar da mudança, o espaço virtual mantém ainda suas características iniciais, de compartilhamento de dados, por meio de links e, até mesmo, para a realização de provas, com formulários online. "Ele é um recurso bastante útil para mim hoje, como técnica para se utilizar em sala de aula".

Confira todos os detalhes do Hangout do Google e sobre o blog do professor Júlio no vídeo abaixo:

Professora utiliza convergência de mídias e tecnologia em Prudente

"Eu levo a internet para dentro da sala de aula, conecto o computador com a rede pelo meu celular e apresento o conteúdo com o projetor" conta a professora Karina Sacardo, 35, que leciona no 3º ano do ensino fundamental na Escola Municipal Dr. Pedro Furquim, em Presidente Prudente, para alunos com idades entre 8 e 9 anos.

"Eu não tenho internet em casa e faço o download dos vídeos direto pelo celular o que é muito fácil e dá resultado", detalha Karina, que também dá aulas na educação infantil, na Escola Municipal Odete Duarte da Costa, na mesma cidade.

Ela conheceu os aplicativos que podem ser usados durante as aulas ainda na faculdade, no curso de Pedagogia da Unesp, em Prudente, quando foi apresentada ao Banco Internacional de Objetos Educacionais, do MEC (Ministério da Educação e Cultura). "Nas aulas nós tivemos contato com alguns exemplos de objetos, como um que reproduzia uma fazenda (Fazenda Rived), na qual os alunos separavam os animais,trabalhando conceitos de proporção e contagem", exemplifica.

Em sua primeira turma, iniciada em 2010, logo depois de concluída a graduação, Karina já inseriu alguns dos aplicativos nas aulas para alunos de 6 anos. "Eles apontavam e eu manipulava os desenhos pelo notebook". Entre os exemplos de objetos que ela utilizou estão um que reproduz uma feirinha, onde os alunos analisam qual a barraca mais barata, outro, que representa uma cafeteria e eles usam as operações matemáticas para conferir o troco correto e mais um que trabalhava a linguagem, chamado a atenção para as diferentes maneiras de se falar, em cada região do país.

Ainda em 2010, Karina passou a lecionar na escola do Sesi, em Prudente, onde continuou a utilizar as ferramentas. "Lá tínhamos um laboratório de informática mais estruturado e podíamos trabalhar com objetos para alfabetização e matemática, por exemplo", conta a professora. "Os aplicativos são todos livres e são bem leves, então era só copiá-los em um pen drive e entregar  para a moça que cuidava do laboratório", explica.

"Para eles, aquilo era um jogo, o que deixava todo o processo de aprendizagem mais divertido", relata. "Ter o desafio de cumprir o objetivo fazia com que eles se dedicassem mais à atividade proposta". Além dos videos do youtube, músicas, imagens e outras materiais pesquisados na internet, Karina também trabalha com a confecção de material, como maquetes, por exemplo. "Isso tudo torna aquele conteúdo algo concreto para as crianças, que faz parte da vida dela", conclui a professora.

Ela lembra ainda, de quando utilizou a música 'Eu nasci há 10 mil anos atrás', de Raul Seixas, para falar sobre determinados pontos da história. "Na tarefa de casa, um dos alunos trouxe um vídeo do filme 'O menino do pijama listrado', para exemplificar o período do nazismo", conta Karina, revelando o quanto o uso de diferentes mídias pode trazer, na prática, resultados surpreendentes.

Portal do Professor

Uma coleção de recursos multimídia, incluindo áudio, vídeo e textos, materiais de estudo didáticos, modelos de aulas de diferentes disciplinas e uma abrangente lista de links para sites, blogs e portais que podem contribuir com a educação do aluno e também com a do professor são apenas alguns dos recursos apresentados no Portal do Professor, site disponibilizado pelo Governo Federal.

Confira mais detalhes no vídeo:

O portal começou a funcionar em 2008 e sua principal função é contribuir com os processos de formação dos professores em todo o país. Sua estrutura simples e de fácil acesso permite que os docentes explorem de maneira bastante abrangente todo o conteúdo disponibilizado pelo site, de acordo com sua área de interesse.

Além de acessar os conteúdos disponíveis no espaço, os professores podem também contribuir com o portal, disponibilizando modelos de aula, por exemplo. Também é possível interagir com professores de todo o país, desenvolvendo trabalhos conjuntos e compartilhando experiências.

Eu mesmo já fiz o meu perfil,

quem quiser me adicionar, é só procurar por Bruno Góes Saia!

Game para estudar português e matemática

Prender e atenção dos alunos aos exercícios de português e matemática e tornar o aprendizado mais divertido é o objetivo do game disponibilizado pela Secretaria de Estado da Educação.

No jogo, chamado de 'Aventuras Currículo+', os alunos têm a missão de defender o planeta Terra de alienígenas e, suas "armas", são operações matemática, como sistema binário, frações, função, algoritmo e quação de 2º grau, além de tópicos de gramática, como regência, crase, concordância verbal e pronomes.

As informações são da própria secretaria, que destaca que as aulas de reforço com o game são realizadas duas vezes por semana e têm duração de 10 semanas. Para implantar a ideia, os docentes devem procurar a direção das escolas onde atuam e para conferir mais detalhes, basta acessar este link.

Confira o depoimento de alunos e professores: