Estimular o uso das ferramentas tecnológicas na educação é um dos objetivos dos GEGs (Grupos de Educadores Google), presente em pelo menos 20 cidades em todo o país, uma delas, Presidente Prudente.
Com atividades sendo realizadas desde 2014, o GEG Prudente é um espaço no qual o professor da região pode discutir, aprender e opinar sobre a utilização da tecnologia dentro de sala.
A professora Juliana Maria Cristiano Gense, líder do GEG Prudente, em entrevista ao SAIA Educando, gravada ao vivo, explica melhor o que é e como fazer para participar do GEG, além de contar um pouco de sua experiência na área da educação.
Confira o bate papo no vídeo abaixo, que gravado por meio do Hangout On Air:
O engenheiro Antônio Carlos é o idealizador do método Supera
O Supera surgiu em 2006, em São José dos Campos (SP), criado pelo engenheiro Antônio Carlos Guarini Perpétuo e completa 10 anos com 200 escolas espalhadas por todo o Brasil (uma delas aqui em Presidente Prudente). O método oferece a chamada "ginástica cerebral", que beneficia jovens, crianças, adultos e idosos, a partir de conceitos difundidos na cultura oriental e na neurociência.
Unidade do Supera em Prudente, na Rua Jacob Blumer, 188
Em um bate-papo exclusivo com o SAIA Educando, o idealizador do Supera explica todos os detalhes sobre o método e aponta alguns dos caminhos para o futuro da educação.
SAIA Educando: Como surgiu a ideia que levou ao desenvolvimento do Supera?
Antônio Carlos Guarini Perpétuo: Começou com um desafio pessoal. Meu filho caçula, que estava com 9 anos, enfrentava dificuldades para estudar, se concentrar e fazer as tarefas na escola. Comecei a chamar psicólogo, pedagogo, aumentar a rigidez em relação à cobrança, tudo para tentar solucionar o problema.
Foi então que conheci o soroban (mais conhecido como ábaco), que é o primeiro instrumento de cálculo criado pelo homem, muito difundido no oriente. Me encantei com a ferramenta, acabei me aproximando da colônia japonesa no Brasil e tive contato com professoras que utilizavam o ábaco por aqui. A partir daí, vi histórias de pessoas que mudaram de vida a partir do uso destes métodos e pensei: por que não utilizá-los com meu filho?
O Supera também contribui para tornar as aulas mais divertidas
SAIA Educando: E a metodologia utilizada pelo Supera, como foi desenvolvida?
Antônio Carlos: Como tivemos resultados muito positivos, resolvi oferecer isso para a sociedade. Fiz então uma pesquisa de mercado e chegamos a conclusão de que o ideal era ocidentalizar a prática do ábaco, trazer isso para nossa cultura. Comecei a pesquisar uma metodologia mais completa e assim foi desenvolvida a apostila Abrindo Horizontes (que reúne exercícios, jogos e atividades que são realizados no Supera).
São 4 ferramentas que dão base à metodologia. O ábaco, que trabalha com a concentração, os exercícios cognitivos, cujo foco é o desenvolvimento do raciocínio e da lógica, os jogos, que trabalham com o conceito de estratégia e as dinâmicas de grupo, que atuam no desenvolvimento das relações interpessoais.
SAIA Educando: A metodologia pode ser aplicada nas redes de ensino? Como o Supera pode ser utilizado dentro de sala de aula?
Antônio Carlos: Nos principais países que estão à frente em relação aos índices relacionados à educação, o foco não é mais o conteúdo. Hoje, esse conteúdo é algo muito abrangente, volátil e está todo disponível na web. O foco da educação deve ser então no desenvolvimento das habilidades cognitivas e sócio-emocionais. O objetivo é estimular o cérebro a se tornar apto a analisar, inovar e pensar fora da caixa, além de trabalhar em equipe, liderar e se fazer entender diante do grupo... Potencializar o desenvolvimento da pessoa para que ela esteja apta academicamente e socialmente, criando assim o profissional do futuro.
Para contribuir com estes objetivos, temos o Supera Neuroeducação, que pode ser implantado em escolas públicas ou privadas. Nós disponibilizamos o material e os profissionais necessários para implantar uma dinâmica diferente, que pode ser intra ou extracurricular, com pelo menos, uma aula por semana.
Em Bariri, alunos da rede municipal acompanham o Supera
Hoje, o Governo Federal permite essa adequação e a Lei de diretrizes e bases da educação nacional estimula o desenvolvimento das habilidades cognitivas. O que falta são soluções para que as escolas adotem isso. O Supera Neuroeducação já tem dois anos e a cidade mais próxima de Prudente que adotou o método é Bariri (SP), onde temos quase 4 mil alunos. Normalmente ele é de escopo municipal e nós realizamos a capacitação dos professores da rede, fornecemos o material didático, a secretaria de educação implanta a metodologia e nós fazemos o acompanhamento.
SAIA Educando: O método tradicional de ensino, predominante nas salas de aula de todo o país, ainda é capaz de preparar as crianças e jovens para o futuro? Qual a contribuição do Supera nesse sentido?
Antônio Carlos: Todo mundo acha que a solução para a educação do futuro é digital, mas acabam mudando apenas a ferramenta e continuam direcionados apenas na apresentação de conteúdo. O foco tem que mudar.
Primeiro, 50% do conteúdo ensinado pode ser descartado. Segundo, dos 50% restantes, 20% é essencial e inclui a compreensão de conceitos matemáticos (que não significa saber fazer continha) e o conhecimento da língua (saber ler e interpretar textos e não apenas ser alfabetizado). Portanto, em relação ao conteúdo, deve-se focar nestes 20%, que são importantes. Os outros 30% são referentes à informação trazida pelo professor, que servem como estímulo para que o aluno busque o conhecimento. Simplesmente colocar o conteúdo na lousa e cobrar em prova não serve. Uma atividade como o Supera serve como complemento para isso tudo.
Muito do que aprendemos na escola, nós não vamos utilizar nunca mais e os alunos já se deram conta disso. Eles sabem que não vão precisar da maior parte daquele conteúdo e, se precisarem, basta procurar na internet...
Confira o vídeo com o relato de professoras e alunos de Bariri, onde o método Supera é aplicado:
O conhecimento adquirido in loco, a partir da experiência prática e tendo como referência as características individuais de cada aluno é o que propõe a Escola no Ar, um projeto de "escola livre", que funciona na capital paulista e oferece cursos nas áreas de design, fotografia, desenho, marketing, educação sexual, entre outros.
Como explica o site da Escola no Ar, a ideia surgiu na Grécia Antiga, com o chamado método peripatético, no qual Aristóteles "conduzia um grupo de aprendizes pelas ruas de Atenas em função da predileção do filósofo e ensinar enquanto caminhava ao ar livre". Neste sentido, a intenção da Escola no Ar é romper com o "confinamento imposto pela institucionalização escolar ocorrida a partir da Idade Moderna", trazendo o aluno de volta para o espaço público onde ele tem a oportunidade de "pensar fora da caixa".
Os cursos oferecidos pela Escola no Ar adotam uma metodologia de aprendizagem que leva em conta as características de cada indivíduo e aposta na interação entre as pessoas, de maneira heterogênea, e também com o espaço ao seu redor. O objetivo é que o conhecimento seja desenvolvido de acordo com "o mundo real que cada um vive", buscando "soluções criativas, inovadoras e funcionais aos problemas apresentados".
Entre as atividades, vale destacar o curso: "Trilhas do consumo", no qual os alunos observam técnicas utilizadas pelo comércio varejista durante um passeio pela área central de São Paulo e também para as aulas de fotografia de rua, que também ocorrem na capital paulista. Os custos vão de R$ 100,00 a R$ 300,00 e o contato pode ser feito pelo e-mail escolanoar@escolanoar.com, pela página no Facebook, neste link ou pelo telefone (11) 9.9266-7557.
Por enquanto, todas as atividades são realizadas na capital, mas que, ao menos, sirvam de inspiração para os professores da nossa região.
"Um equipamento simples, uma conta no YouTube e uma boa ideia, é o que você precisa para produzir uma videoaula interessante e com qualidade técnica", explica o cineasta Kico Santos, no vídeo de abertura da série Videoaulas+, que apresenta ao professor, passo a passo, como produzir material áudio visual para ser utilizado com os alunos, complementando o trabalho dentro de sala de aula. Confira a apresentação:
O trabalho é desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, com apoio da Fundação Lemann e do canal YouTube Edu. São 10 vídeos, com dicas de como criar um roteiro, atrair a atenção dos alunos com o material produzido, mesclar texto (áudio) e imagem, quais os melhores equipamentos, como utilizar a iluminação, o cenário e outras sugestões didáticas que auxiliam no uso de uma ferramenta simples, barata e que pode fazer a diferença na relação com os alunos.
A partir das dicas da série Videoaulas+, com o material já produzido, o YouTube Editor (tela principal acima) pode ser a ferramenta ideal - e gratuita - para editar, acrescentar efeitos, textos, imagens (fotos e vídeos), trilha sonora e tornar sua videoaula ainda mais interessante e profissional.
YouTube Edu permite assistir aulas de outros professores e disponibilizar as suas
Existe ainda o YouTube Edu, um canal que disponibiliza videoaulas dividas por disciplinas, que também podem ser apresentadas aos alunos. O espaço ainda permite que o professor disponibilize o material produzido por ele, para seja utilizado por todos.
O conceito de hortas urbanas defende a ideia de que é possível cultivar alimentos orgânicos e saudáveis em espaços pequenos, dentro das cidades e, de fato, as escolas são áreas ideias para a implantação de cultivos não apenas para os alunos, mas também para toda a comunidade onde a escola está inserida.
Instalada em outubro de 2015, ela começou com dez canteiros e, por conta do sol forte que os moradores da cidade já estão acostumados, foram instalados sombrites para garantir a proteção e o foco foi no plantio de espécies resistentes ao calor e o solo foi coberto com capim seco, que protege a terra e ajuda a manter a umidade. "Os alunos participaram com dedicação em todas as atividades", destaca a ONG em matéria publicada no seu site.
"A primeira meta deste projeto é facilitar o acesso a alimentos saudáveis, preveni a desnutrição e a deficiência alimentar de crianças em regiões com vulnerabilidade social para lhes garantir boa saúde. O projeto, que envolve tanto estudantes, pais de alunos e professores, aborda ao mesmo tempo assuntos como alimentação saudável, a relação homem-natureza e o meio ambiente", explica o texto na página do órgão, sobre as hortas escolares. Confira mais detalhas na página da ONG no Facebook.
Manual para hortas urbanas
Para quem pretende produzir a horta por conta própria, seja na escola, no quintal ou mesmo em outra área disponível no bairro, o Instituto Pólis produziu uma publicação sobre hortas urbanas, que funciona como um manual para quem pretende criar uma horta em sua comunidade.
Em entrevista ao Jornal Brasil Atual, a técnica de segurança alimentar e nutricional do instituto, Mariana Romão, explica que a "cartilha foi concebida dentro do projeto Moradia Urbana com Tecnologia Social, que aborda o tema da agricultura urbana sob diversos aspectos, com a qualidade da produção de alimentos para consumo e envolvimento das pessoas com suas comunidades e com a preservação do meio ambiente". Confira aqui a entrevista completa com Mariana.
Este blogueiro também aderiu ao conceito de hortas urbanas e montou, com a ajuda do hidroponicultor Clauber Sampaio, uma horta hidropônica em seu quintal e, desde então, nunca mais comprou alface no supermercado... Quem quiser, pode contatar Clauber pelo telefone (18) 9.9799-3824 ou pelo e-mail claubersampaio@bol.com.br.
Cursos com flexibilidade em relação ao local e aos horários, professores de qualidade, opções em todas as áreas do conhecimento, aulas e materiais produzidos por algumas das mais importantes instituições de ensino e universidades em todo o mundo e, tudo isso, de graça.
Essas alternativas de acesso fácil à educação são conhecidas como Moocs (Massive Open Online Courses) e, apesar de alguns serem em inglês, a maior parte deles já pode ser acompanhado com legendas, ou mesmo falados em português, pois muitos são produzidos por instituições do Brasil.
Os cursos são todos gratuitos e, em alguns casos, existe uma cobrança pela emissão dos certificados, que são disponibilizados pelas instituições responsáveis pelas atividades. Os alunos podem ainda tirar dúvidas, interagir uns com os outros e realizar todas as avaliações online. Inscreva-se e conheça mais sobre o Veduca clicando na foto abaixo:
Coursera
Outra plataforma bastante eficaz que também oferece cursos online de qualidade indiscutível é o Coursera, que começou nos Estados Unidos, mas possui uma versão do site em português e, oferece a maioria deles com a opção de legendas em nossa língua nativa.
O Coursera conta com 147 instituições e universidades parceiras, está presente em 29 países e também oferece mais de 1.700 cursos, todos gratuitos e nas mais diversas áreas. Cadastre-se clicando na imagem abaixo e aproveite para explorar os materiais oferecidos, pois o mais difícil neste caso é escolher qual curso fazer!
Mais opções
Se você acha que já explorou de maneira aprofundada o universo dos cursos online, esse é só o começo, pois existem muitas outras alternativas de buscar o conhecimento sem sair de sua casa. O site ainda em inglês, o NovoEd é outra plataforma com cursos de instituições do mundo todo, alguns também com opção de legenda em Português (clique na imagem a direita para mais detalhes).
Depois de um pequeno recesso de 15 dias, o SAIA Educando retoma às atividades em 2016 e, enquanto a postagem do próximo domingo é preparada, aproveita para sugerir uma excelente alternativa para começar o ano com o pé direito.
A Eduk está disponibilizando todos os seus mais de 600 cursos gratuitamente, com aulas ministradas por profissionais e especialistas nas áreas de gastronomia, fotografia, design, artesanato, beleza e estética, computação, negócios e, até mesmo, de odontologia, entre outras.
O 'passe livre' é válido por sete dias, que, bem aproveitados, são suficientes para realizar cursos completos ou também para conhecer um pouco melhor o trabalho feito pela instituição, que é principalmente direcionada para atividades que estimulam o empreendedorismo.