segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Pokémon GO pode estimular aprendizado pela experiência e ser utilizado por professores de todas as áreas


Finalmente chegou ao Brasil o tão esperado jogo 'Pokémon GO', que trouxe com ele uma série de polêmicas envolvendo a tecnologia, como a representada na charge abaixo, por exemplo, na qual o jogador seria "escravizado" pelo simpático monstrinho, que passaria a "tomar as rédeas" da vida daquele usuário.


O fato é que a chegada do novo aplicativo, que trabalha com o conceito de realidade aumentada, trouxe mudanças, mas não da forma como foi retratado na ilustração acima, por sinal, muito criticada pelos fãs do game. 

Em Presidente Prudente, por exemplo, já podemos notar a presença de um grande número de jovens, e outros entusiastas, em áreas como o Parque do Povo, por exemplo, sempre com o celular na mão, em busca de mais um Pokémon para sua coleção.

O mapa abaixo (que pode ser acessado neste link), pontua os locais onde podem haver ginásios, 'pokestops' ou mesmo uma grande incidência dos monstrinhos em Prudente e outras cidades e ele direciona os jogadores a pontos importantes da cidade, que contam a história do município, como a Praça das Cerejeiras, por exemplo, que lembra a presença oriental em nossa região.


Também estão relacionados o Cristo, na Avenida Manoel Goulart, o seminário, na Rua Padre João Goetz, o Templo Seicho No Ie do Brasil, na Vila Tabajara, o Terminal Rodoviário, o Santuário Santa Terezinha, no Jardim Maracanã, a Cidade da Criança e muitos outros locais que, dificilmente os jogadores teriam oportunidade de conhecer.
Como tudo nessa vida, o jogo deve usado com parcimônia e sem exageros, mas, só o fato de estimular que os usuários saiam de dentro de casa, explorem a cidade, sua história e sua geografia, já pode ser considerado algo muito positivo e que, inclusive, pode auxiliar o trabalho dos professores, não só de Prudente, mas também de toda a região. 

Algumas dicas para os jogadores da cidade estão disponíveis na página do Facebook, 'Pokémon GO - Presidente Prudente', que pode ser acessada por aqui ou a 'Pokémon Go P. Prudente', neste link.


Exemplos em sala de aula
Além de auxiliar nas aulas de geografia e história, e quem sabe até nas de biologia, utilizando algumas características dos monstrinhos, que são muito parecidas com animais de verdade, o Pokémon GO já começou a ser usado dentro das salas, como neste caso, no qual um professor da Etec (Escola Técnica Estadual) de Itapeva usa o game durante uma aula de matemática. Confira no vídeo abaixo:


Com mais de 70 mil visualizações (até hoje), o professor Eddy Antonini, da Etec Dr. Demétrio Azevedo Júnior, de Itapeva, está fazendo sucesso na internet com o vídeo em que ele aparece na classe com os alunos do curso técnico de Eletrônica, ensinando trigonometria por intermédio do jogo.

Já Anderson Sene, da Etec Prof. José Sant'Ana de Castro, de Cruzeiro, aplicou os “pokeconceitos” para criar um modelo de banco de dados com os estudantes do curso técnico de Informática integrado ao Ensino Médio. “A participação dos alunos na aula foi excelente. Os exemplos do jogo ajudam a despertar o interesse do jovem, que assimila com mais facilidade os conteúdos porque é feita uma relação com a realidade do seu dia a dia”, diz. Confira o modelo abaixo:

Aprendizado tangencial


Para o coordenador do curso superior de Tecnologia em Jogos Digitais da Fatec Carapicuíba, Alvaro Gabriele Rodrigues, o fenômeno do Pokémon GO chamou a atenção dos professores para o conceito de “aprendizado tangencial”, no qual os jogos podem contribuir para o ensino a partir da familiaridade despertada pela experiência do jogador, mesmo que a educação não seja a finalidade do game.

“Trata-se de uma prática pedagógica inovadora. Cada professor pode aproveitar os elementos do jogo da forma que quiser, tanto nas áreas que envolvem recursos tecnológicos quanto nas aulas de geografia, história e outras disciplinas regulares. Não há limites para a criatividade”, explica.

Contribuiu com essa postagem a Assessoria de Comunicação do Centro Paula Souza.

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