Mães e crianças acompanham atentamente |
Ana Lydia conta a história do primeiro natal |
"Logo cedo, nós passamos pelos quartos, chamando todos para ouvir a história e dá para ver no rosto das crianças e também das mães, o quanto elas estão gostando", conta satisfeita com o trabalho que desenvolve de maneira voluntária, três vezes por semana. "Eu entro, no quarto, brinco, chamo para vir até a brinquedoteca e, podem ser só 10 minutos, mas isso traz um alívio ao menos por um momento", destaca.
Helô, no colo da mãe, Talita |
A brinquedoteca é, teoricamente, apenas mais uma sala no corredor da ala pediátrica, mas lá dentro, é possível realmente esquecer por um momento que se está dentro de um hospital. "Mesmo os adolescentes acabam vindo bastante, para mudar um pouco o ambiente", conta Ana Lydia, antes de começar uma oficina de criação de cartões de natal, com as crianças e com suas mães.
Helô era uma das mais animadas com os cartões |
Uma das mais animadas com os desenhos e colagens é a Heloísa dos Santos Batista Cabreira, de apenas um ano e cinco meses. "Aqui é gostoso, tem bastante coisa para fazer com ela e ela ficou ainda mais feliz quando chegaram os lápis de cor", conta a mãe da Helô, Talita dos Santos Batista Cabreira. "Ela adora as histórias e também gosta de dançar a música do elefantinho", conta.
A pequena Beatriz e sua mãe Amanda |
A pequena Beatriz Victoria dos Santos, com apenas cinco meses, esteve pela primeira vez na brinquedoteca. "Já faz oito dias que ela está aqui e não tem previsão de alta, então achei muito bom poder sair com ela do quarto um pouco e quero continuar vindo pra cá", relata Pâmela dos Santos, a mãe de Beatriz.
Brinquedoteca é universo à parte no Hospital |
Mesmo quando a professora Ana Lydia não está presente, quem cuida da brinquedoteca é a monitora Laís Monteiro Madaleno. "Além de ser responsável pela sala eu também organizo as festas, ajudo a fazer os enfeites", explica Laís, que já está organizando a festinha de natal das crianças internadas. "Hoje são 35 crianças, nos 52 leitos da ala pediátrica, pois muitos médicos dão alta para que algumas possam passar o Natal em suas casas", detalha a monitora.
"Muito mais do que passar conteúdos, aqui o que a gente faz é servir de estímulo", lembra, por fim, Ana Lydia, que começou o projeto em setembro e já programa a expansão do projeto no ano que vem. "Vou fazer uma oficina com alunas de psicologia e Janeiro para que elas também participem", revela.
"Afinal de contas, não são os remédios apenas que curam. O conhecimento e a continência de um professor também o fazem." Julio Groppa Aquino, em epígrafe do Projeto de Intervenção na Brinquedoteca Hospitalar, feito pela professora Ana Lydia.
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